Mateus era solteiro e atualmente morava sozinho em uma casa próxima à residência do irmão, em Carapicuíba. As outras vítimas que morreram após o tumulto também não eram da comunidade de Paraisópolis.
Em entrevista ao G1, na segunda-feira, dia 02 de dezembro de 2019, a cunhada do jovem, Silvia Ferreira Gonçalvez, contou que a família não sabia que ele estava no baile na noite do domingo (dia 1º), mas tinha conhecimento de que ele frequentava a festa.
“Ele (Mateus) já foi nesse baile, inclusive com o meu filho”, afirmou Silvia Ferreira Gonçalvez, cunhada de Mateus. “Era um moço trabalhador. Tanto é que o patrão já procurou a gente hoje”. A cunhada também descreve Mateus como um menino tranquilo.
“Ele só foi para lá porque Carapicuíba não tem opção de lazer, nem para a gente que é casal. É o único jeito que eles acham de curtir”, contou a cunhada da vítima.
Já o irmão da vítima contou, na segunda-feira (dia 02), que Mateus estava juntando dinheiro para voltar para a Bahia, para ficar com a outra parte da família.“Ele estava tirando carteira de motorista e juntava dinheiro para comprar uma moto.
Dizia que ia trabalhar de motoboy e, nas horas vagas, ajudar nosso pai, que é lavrador”, disse Moisés dos Santos.
“É longe, a viagem é cara. Ele era trabalhador e juntava todo dinheiro que ganhava”, completou.
Foi o casal que reconheceu o corpo do jovem no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. A família soube da morte por meio de amigos. Após receber a notícia, assistiram aos vídeos da ação policial.
Em uma das filmagens, a vítima aparece caída no chão.
“A gente foi pega de surpresa, estamos em choque. A gente viu os vídeos dele caído no chão, todo machucado”, contou Silvia.
Por Alan Oliveira, G1 Bahia.
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