Servidor público do DF suspeito de matar o próprio filho é preso em Alagoinhas


Um homem identificado como Paulo Roberto de Caldas Osório, 45, foi preso na quinta-feira, 5, em Alagoinhas (distante 123 km de Salvador), suspeito de ter matado o próprio filho, Bernardo Marques Osório, de 1 ano e 11 meses. Servidor público no Distrito Federal (DF), Paulo Roberto confessou o crime à polícia do estado.

Segundo informações da Polícia Civil do DF (PCDF), a mãe de Bernardo, Tatiana da Silva, informou o desaparecimento da criança no último sábado, 30. Na tarde da sexta-feira, 29, Paulo pegou o menino na escola, mas não o entregou de volta. Ainda de acordo com o órgão, em mensagens enviadas por meio do celular, ele avisou que não retornaria.

De Brasília, o suspeito foi para Alagoinhas, na Bahia. Em depoimento a polícia, ele afirmou que a criança ingeriu quatro comprimidos de medicamento controlado dissolvido em um suco de uva oferecido por ele. Seis policiais civis do DF localizaram o homem, que foi detido no interior de um hotel no município baiano. 

O corpo de Bernardo ainda não foi localizado. Paulo afirmou que teria deixado em um matagal na beira da BR-020, no entanto, buscas realizadas com ajuda de helicópteros não o encontraram, e a Polícia Civil acabou concluindo que o suposto cadáver não estaria na região descrita.

O cadáver de uma criança foi encontrado na zona rual de Palmeiras, Chapada Diamantina, e encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica de Itaberaba. Porém, a Polícia Civil do Distrito Federal ainda não sabe se é do menino, pois os exames foram inconclusivos. Algumas características batem com a descrição obtida no depoimento de Paulo, como a presença de uma cadeirinha para carro do pai, as roupas e um colar de âmbar que o bebê utilizava no pescoço.

Paulo Roberto pode responder pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. 

Segundo homicídio

Este não é o primeiro homicídio cometido por Paulo Roberto. De acordo com a Polícia Civil, ele assassinou a própria mãe, em 1992, quando tinha 18 anos, na mesma casa onde mora.

Na época, Paulo foi considerado inimputável, sem condições de responder pelo crime, devido ao transtorno mental que possui, a esquizofrenia. O homem ficou internado na ala psiquiátrica da Penitenciária da Papuda, em Brasília, por 10 anos.

Três anos após cumprir a pena, ele fez concurso para o Metrô do Distrito Federal, onde foi aprovado em todas as etapas, incluindo a de avaliação psicológica.

Tatiana, mãe da criança, e Paulo namoraram por um ano. Após a gravidez de Bernardo, eles se separaram. Ela só descobriu o passado do ex-companheiro após conversar com os vizinhos dele durante as buscas pelo filho.

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