O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que vai sancionar o projeto que libera socorro financeiro de R$ 60 bilhões a estados e municípios em decorrência da pandemia do coronavírus. Ele disse que vetará alguns pontos, mas não detalhou quais. O único consenso é de que será vedada a possibilidade de conceder aumento a servidores públicos até o final do ano que vem, atendendo a um pedido do Ministério da Economia e dos estados. O texto está na mesa do presidente para sanção ou veto desde o dia 6 de maio de 2020.
O anúncio foi feito durante uma reunião entre Bolsonaro e os governadores, realizada por videoconferência. O encontro durou cerca de 1h e teve clima amistoso, indicando uma possível trégua na sucessão de atritos entre o mandatário e chefes de Executivo estadual.
Participaram ainda da reunião os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM) e Davi Alcolumbre (DEM), respectivamente, além de ministros de Estado e alguns parlamentares.
"A cota de sacrifício dos servidores é não ter reajuste até 31 de dezembro do ano que vem. Foi conversado o que o servidor poderia colaborar nesse momento difícil. Tiveram proposta de redução de 25%. Em comum acordo com os poderes, concluímos que congelando o salário esse peso seria menor", disse o presidente.
"O remédio é o menos amargo, mas é o mais importante para todos os mais de 200 milhões de habitantes"
Bolsonaro trava uma guerra com governadores e prefeitos devido a divergências em relação ao enfrentamento dos impactos do coronavírus. O presidente quer a flexibilização da quarentena, e os rivais continuam a defender a necessidade de medidas restritivas, em menos ou maior escala.
Fonte: UOL
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