O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira, dia 10 de julho de 2020, por meio de uma rede social o professor e pastor evangélico Milton Ribeiro como novo ministro da Educação. Logo após o anúncio de Bolsonaro, a nomeação foi publicada em uma edição extra do "Diário Oficial da União".
De acordo com a publicação do presidente, Milton Ribeiro é doutor em educação pela Universidade São Paulo (USP), mestre em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em direito e teologia. Desde maio de 2019, é membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
Ribeiro será o quarto ministro a comandar a pasta em um ano e meio de governo Bolsonaro. Os antecessores são Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub e Carlos Decotelli (clique no nome para relembrar a demissão do ministro).
No governo Bolsonaro, o MEC é uma das pastas que mais sofrem a influência da ala ideológica do governo, que segue o ideólogo Olavo de Carvalho.
O último ministro a ocupar o posto foi Carlos Alberto Decotelli, que ficou no cargo menos de uma semana e caiu após polêmicas envolvendo o currículo dele. Decotelli chegou a ser nomeado, mas sequer tomou posse.
Desde então, chegaram a ser cotados para o MEC o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que desistiu da indicação, e o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), que, segundo Bolsonaro, era um "reserva" para a hipótese de não encontrar outro nome para a pasta.
Quando foi eleito presidente, em 2018, Bolsonaro disse que o MEC passaria a priorizar um "ensino de qualidade" para os jovens serem bons profissionais, "deixando de lado" temas relacionados ao que ele costuma chamar de "ideologia de gênero" e "ideologia voltada para o desgaste dos valores familiares".
Para Bolsonaro, Paulo Freire é um "energúmeno". Freire é considerado patrono da educação brasileira e autor do único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus.
Fonte: G1
0 Comentários