Guilherme de Souza, de 21 anos, foi agredido e morto em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia |
De acordo com o delegado Leonardo Almeida, que estava no plantão da unidade policial da cidade, por confessar o crime cometido contra Guilherme, em julho deste ano, Kauan Xavier havia sido apreendido e levado para a unidade de internação em Salvador, onde passou 45 dias.
Ele retornou para Luís Eduardo Magalhães, onde o juiz liberou para que ele respondesse ao crime em liberdade, afirmou o delegado. Por volta de 01 hora desta segunda, Kauan foi morto quando estava a caminho de casa, após ter saído do “Bar do Turista”, na Rua Ibitiba, que fica no bairro Santa Cruz.
Segundo o delegado Leonardo, Kauan foi atingido por 15 tiros. Ele chegou a ser socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Ainda segundo o delegado, Kauan já tinha várias passagens pela polícia.
Caso:
Segundo a polícia, Guilherme de Souza foi vítima de homofobia e o crime, ocorrido no dia 12 de julho, foi premeditado e teve requintes de crueldade. O adolescente Kauan Xavier, de 14 anos, confessou o crime, foi apreendido e transferido para Salvador.
Kauan foi apreendido pouco depois do crime. Segundo a polícia, na primeira versão, ele disse que teve uma discussão com a vítima, que teria xingado a mãe dele. No entanto, durante as investigações, a polícia descobriu que, na verdade, o crime foi por homofobia. O adolescente de 14 anos teria dito a pessoas na cidade que estava incomodado como o jovem olhava para ele. Para o delegado Rivaldo Luz, coordenador regional de Polícia Civil da região, o adolescente disse que não se arrependia do crime.
Um segundo adolescente, de 16 anos, também participou das agressões a Guilherme. Na época, o delegado Rivaldo Luz informou que ele não ateou fogo na vítima, mas participou da agressão e também deve responder criminalmente pelo fato. Nesta segunda-feira, o delegado Leonardo informou que este adolescente segue foragido.
A família de Guilherme encontrou entraves para o sepultamento desde a morte do jovem Guilherme. Primeiro houve demora em liberação do corpo e, depois, eles precisaram fazer um pedido à Justiça pela liberação do corpo, e assim realizar o enterro. Porém, no dia 17 de novembro, a mãe do jovem denunciou à polícia que, após enterrar o corpo do filho, recebeu do Departamento de Polícia Técnica (DPT) restos mortais do menino, que não tinham sido entregues anteriormente.
Fonte: G1 Bahia
0 Comentários