É muito comum no nosso linguajar diário usarmos uma série de expressões consagradas pelo seu uso. Muitas vezes, no entanto, não sabemos a sua origem.
Pois bem, recentemente, via internet, me deparei com uma parte de um livro, escrito por Fabricio Rodrigues, onde ele faz considerações sobre várias destas expressões que usamos no dia a dia. Hoje eu quero falar da expressão “feito nas coxas”, que usamos frequentemente quando queremos nos referir a uma coisa mal feita.
Reza a lenda que os escravos que trabalhavam nas minas de ouro constantemente sofriam acidentes e em função disto eram obrigados a permanecerem afastados de suas atividades até a sua pronta recuperação, o que representava um grande “preju” para os seus patrões. Aí veio a brilhante ideia para resolver este problema: fazer telhas enquanto se recuperavam. A telha era fabricada usando a coxa do escravo como molde para a argila. Desta maneira o escravo ficava ocupado e gerando lucro para o senhorio. O problema é que vários escravos se machucavam diariamente, e como cada escravo tinha uma coxa com formato e tamanho diferentes era natural que as telhas fossem produzidas em moldes variados. Imagine você que ao fazer um telhado usando estas telhas desiguais elas não se encaixavam perfeitamente e a consequência era que o telhado ficava torto e quando chovia as goteiras apareciam aos montes. Sem falar na aparência grotesca que estas telhas tinham. Isto fazia com que as pessoas comentassem que o telhado estava feio e ruim porque as telhas tinham sido feitas nas coxas.
A partir de então, o termo “feito nas coxas” passou a ser usado como sinônimo de algo feito de qualquer maneira e com pouco capricho.
Confesso que caprichei um pouco para elaborar este texto para vocês, já que fiquei preocupado que alguém dissesse que ele tinha sido feito “nas coxas”. Tenham um bom domingo.
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