Foragido há 18 dias, o suspeito de assassinar uma família em Ceilândia Norte, balear quatro pessoas — entre elas um policial — e manter pessoas como reféns criou um perfil fake no Instagram.
A conta foi identificada pelo serviço de inteligência da polícia, que monitorava o telefone roubado por ele em 15 de junho. A informação foi confirmada por fontes policiais.
Segundo as investigações, o celular foi roubado quando Lázaro invadiu uma chácara em Edilândia (GO) e manteve três pessoas da mesma família como reféns. Policiais penais do DF estiveram na residência dias antes do fato e deixaram os números de telefone com a família por motivos de segurança.
Às 13h44 de 15 de junho, a adolescente e filha do casal mandou uma mensagem a um policial. “Socorro, o assassino Lázaro está aqui em casa”. O policial responde: “Qual a localizaação???”. Minutos depois, o policial manda outra mensagem, mas a adolescente não recebe.
A equipe chegou à chácara e resgatou a família, que estava à beira de um córrego. Lázaro atirou contra um policial militar de Goiás e conseguiu fugir por dentro da mata. O celular, no entanto, foi roubado e, desde então, estava sendo monitorado pela inteligência da polícia. A suspeita é de que Lázaro tenha criado a conta para acompanhar as atualizações do caso. No Instagram, Lázaro se identificava como Patrick Sousa. Na biografia, ele coloca três figuras: uma arma, bomba e faca. O suspeito colocou uma foto de um helicóptero com policiais. Embaixo, a seguinte frase: ““As buscas não param. Breve estará nas mãos da polícia. Não volta em viatura, volta com o IML”. Na conta, Lázaro segue 20 pessoas e tem 38 seguidores.
Reforço
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) cedeu duas Estações Rádio Base (ERBs) e operadores dos equipamentos para auxiliar na caçada a Lázaro. O primeiro equipamento, uma pick-up, é equipado com uma torre de 15 metros de altura e permite a fala via rádio pelas equipes, mesmo onde não há repetidores. Esse item foi utilizado em grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio, em 2016.
Fonte: Correio Braziliense
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