A novela entre Ciro Gomes e o PDT finalmente terá um desfecho, e o ex-governador do Ceará oficializará, nesta sexta-feira, dia 21 de janeiro de 2022 sua pré-candidatura à Presidência da República pela sigla. Durante a Convenção Nacional do partido, marcada para as 16h em Brasília, o pré-candidato estará acompanhado do presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, bem como do Cabo Daciolo, que também realiza sua filiação oficial ao partido.
Nos bastidores, o nome de Ciro vinha passando por altos e baixos e quase chegou a ser desvinculado da candidatura, uma vez que as pesquisas de intenção de voto divulgadas no início de janeiro apontavam um cenário de 4º lugar na corrida para o "Rebelde" - principal slogan da campanha de Ciro, arquitetado por João Santana, marqueteiro da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014 -, atrás de Sergio Moro (Podemos), Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
É que de acordo com a pesquisa da Genial/Quaest, divulgada em 12 de janeiro, o ex-presidente petista tem 45% das intenções, e Ciro apenas 5%, estando empatado com Moro - este com 9% - no limite da margem de erro de 2 pontos percentuais.
POLÊMICAS
Em dezembro, Ciro teve seu apartamento revistado por policiais federais (relembre), cumprindo mandado de busca e apreensão como parte das investigações de suspeita no recebimento de propina para a construção do estádio da Arena Castelão para a Copa do Mundo de 2014. Apesar das investigações rondarem o nome de seu irmão, Cid Gomes - governador do Estado no período investigado -, Ciro afirmou não ter sequer relação com nenhum dos envolvidos no caso. Chegou ainda a afirmar que procuraria as medidas legais contra o juiz que expediu o mandado, e ainda acusou a operação de tentar manchar sua pré-candidatura à época ainda em especulação.
Semanas antes, o pedetista chegou a suspender a pré-campanha após deputados e senadores do PDT votarem a favor da aprovação da PEC dos Precatórios, mas acabou voltando atrás após reunião da própria sigla para colocar panos quentes.
A mais recente de suas polêmicas envolve a penhora de um apartamento para pagar uma dívida que adquiriu com a derrota no processo de calúnia e difamação movido pelo ex-presidente e atual senador Fernando Collor (Pros). Além da penhora do apartamento, Ciro também utilizou o mesmo imóvel para adquirir um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal. No fim das contas, o apartamento foi leiloado, e o comprador foi seu rival político e ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira.
Fonte: Bahia Notícias
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