Jovem pede desculpa após aparecer em moto da PM fazendo gesto de facção

Foto: Reprodução

Um jovem que recentemente foi flagrado em cima de uma motocicleta da Polícia Militar, em Morro de São Paulo, Distrito na Ilha de Tinharé-BA, fazendo gesto com dois dedos, associado à gíria "Tudo 2", comumente utilizada por membros da facção criminosa Comando Vermelho, divulgou  um vídeo pedindo desculpas à corporação.

No vídeo, ele afirma que não é envolvido com nenhuma organização do crime. 

"Foi uma coisa errada que fiz, fazendo sinal do dois, mas eu não me envolvo em nada. Não sou de nenhuma facção", disse.

Glossário do crime

Nesta semana, dois policiais militares morreram porque um dos PMs confundiu o colega com um assaltante. Marcelo Santana, PM do setor de inteligência do Batalhão Gêmeos que estava perseguindo um suspeito desde a Avenida San Martin, teria entrado no estabelecimento, com uma arma em punho, gritando 'perdeu, perdeu'. O outro policial, Anderson de Souza Santana, estava de folga bebendo no bar e acreditou que o estabelecimento estava recebendo 'voz de assalto'.

A confusão se deu porque a expressão 'perdeu, perdeu' é normalmente utilizada por criminosos, conforme afirma o Coronel Antônio Jorge, especialista em segurança pública. "É uma expressão usada normalmente por criminosos quando estão praticando um roubo, por exemplo, ao tomar um cargo de assalto. Mas essa gíria originalmente usada por criminosos, tem se generalizado para outras situações, ao ponto de até um ministro do STF a ter dirigido a um manifestante em Nova York, que o questionou sobre o código-fonte das urnas eletrônicas", aponta.

Para além das expressões, há gestos, palavras e tatuagens que identificam os seus membros. "O sinal de “3” com as mãos, representa a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o sinal com 4 dedos simboliza a facção criminosa Amigos dos Amigos e o do Comando Vermelho é o V feito com a mão, em que o dedo indicador e o médio são levantados e separados, enquanto os outros dedos permanecem fechados", esclarece.

Fonte: Correio

 

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