Ex-marido, com quem ela tinha filho de 5 anos, vai responder por feminicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo e cárcere privado.
Ariane desapareceu em junho Crédito: Reprodução/ Redes Sociais
A Polícia Civil confirmou nesta terça-feira, dia 30 de julho de 2024, que o corpo desmembrado encontrado na região de Vera Cruz era mesmo da professora Ariane Lima dos Santos, de 37 anos, desaparecida desde 25 de junho em Camamu, no Baixo Sul da Bahia. O ex-marido da vítima está preso pelo crime.
Parte do corpo – tronco, cabeça e membros superiores – foi achado por um caçador em uma cova rasa nas imediações da BA-001, na localidade de Jiribatuba. O corpo já estava em estado avançado de decomposição.
Os investigadores refizeram os passos da professora a partir das imagens das câmeras de segurança. Um dia depois de desaparecer, Ariane conseguiu ligar para um parente e contou que era mantida em cárcere privado pelo ex, em um sítio da região. Com essas informações, além de depoimentos de familiares, atestando que a relação do suspeito com a vítima era baseada em agressões, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária dele, pedido atendido pela Justiça.
Ao longo da investigação, o homem entrou em contradições. A polícia também localizou com ele objetos que podem ter sido usados no crime, como um revólver com projétil deflagrado, e uma motosserra, que pode ter sido usada para esquartejar o corpo da professora. O material ainda vai passar por perícia.
Cães farejadores também participaram da investigação, revelando indícios de que o acusado esteve no local onde os restos mortais da vítima foram encontrados.
O trabalho dos nossos investigadores foi impecável com todas as peças do xadrez devidamente encaixadas. Com agilidade e eficiência prendemos o suspeito apenas oito dias após o desaparecimento da vítima e agora, menos de um mês depois do sumiço da professora, representamos pela sua prisão preventiva com toda materialidade do crime”, diz o coordenador da 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), delegado José Raimundo Neri Pinto.
O Ministério Público já apresentou denúncia contra o acusado pelos crimes de feminicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo e cárcere privado. O acusado ainda responde pelo estupro de uma adolescente em Camamu, em um crime sem relação com a morte da professora.
Ariane deixa um filho de 5 anos, fruto da relação com o suspeito.
Redação Correio
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