A leishmaniose canina é uma doença parasitária grave que afeta tanto cães quanto humanos, sendo transmitida pela picada do mosquito-palha (gênero Lutzomyia). A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania, que atacam principalmente o sistema imunológico do animal, comprometendo sua capacidade de combater infecções e provocando sérias complicações.
Os sinais clínicos da leishmaniose em cães podem variar de acordo com o estágio da doença, mas frequentemente incluem perda de peso, lesões de pele (especialmente ao redor dos olhos, orelhas e focinho), crescimento exagerado das unhas, queda de pelos, fraqueza e apatia. Em casos mais avançados, o animal pode desenvolver anemia, insuficiência renal e hepática, além de alterações oculares, como inflamação nas pálpebras. Sem tratamento adequado, a doença pode ser fatal.
A transmissão ocorre quando o mosquito-palha, ao se alimentar do sangue de um animal infectado, ingere o protozoário. Ao picar outro cão ou ser humano, o inseto pode transmitir a doença, que é considerada uma zoonose, ou seja, uma enfermidade que também pode afetar seres humanos.
O tratamento da leishmaniose canina visa principalmente controlar os sintomas e impedir a progressão da doença, pois a cura parasitológica completa é difícil de alcançar. Ele inclui o uso de medicamentos específicos que ajudam a reduzir a carga parasitária no organismo do animal e a melhorar sua qualidade de vida.
A vacina pode ser uma arma na prevenção, a mais conhecida e amplamente utilizada na prevenção da leishmaniose canina é a Leish-Tec, disponível no Brasil. Esta vacina estimula o sistema imunológico do cão a produzir uma resposta protetora contra o protozoário Leishmania.
A vacinação é recomendada em áreas endêmicas e deve ser associada a outras medidas preventivas, como o uso de coleiras repelentes (como aquelas impregnadas com deltametrina) e controle do ambiente, já que nenhum método isolado é 100% eficaz na prevenção da doença. A vacina é aplicada em três doses iniciais, com reforços anuais subsequentes. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento e prolongar a vida do animal.
ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 25
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