A raiva canina é uma doença viral grave e fatal que afeta o sistema nervoso central dos mamíferos, incluindo cães e seres humanos. Ela é causada pelo vírus da raiva, pertencente ao gênero Lyssavirus. A transmissão ocorre principalmente através da mordida de um animal infectado, quando o vírus presente na saliva entra no corpo da vítima. O vírus pode também ser transmitido por arranhões ou feridas abertas em contato com a saliva de animais doentes.
Os sinais clínicos da raiva canina variam conforme o estágio da doença. Inicialmente, os animais podem apresentar mudanças de comportamento, como agitação, agressividade ou, ao contrário, isolamento e apatia. Conforme a doença avança, surgem sintomas neurológicos mais evidentes, como dificuldade para engolir, salivação excessiva, paralisia, falta de coordenação motora e convulsões. A raiva tem uma evolução rápida e, uma vez que os sintomas aparecem, o desfecho geralmente é o óbito em poucos dias.
O tratamento da raiva canina é inexistente após o início dos sintomas. Portanto, a prevenção é a única forma de controle eficaz. A vacinação regular é fundamental para proteger os cães contra a infecção. Além disso, o controle populacional de cães errantes e a vacinação de outros animais, como gatos e morcegos, ajudam a reduzir o risco de transmissão.
A raiva é uma zoonose altamente perigosa para os seres humanos. Se uma pessoa for mordida ou tiver contato com a saliva de um animal suspeito de estar infectado, é crucial buscar atendimento médico imediatamente. O tratamento profilático pós-exposição (vacinação antirrábica) é altamente eficaz se administrado rapidamente, antes que os sintomas apareçam. Uma vez que a raiva se manifesta em humanos, assim como em cães, a doença é quase sempre fatal. Portanto, a prevenção por meio da vacinação de animais domésticos e o controle de animais selvagens são essenciais para proteger tanto os animais quanto as pessoas.
ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 26
0 Comentários